Um diário informal para os interessados em comunicação

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Mídia e poder

O deputado Camilo Capiberibe proferiu a palestra “Mídia e poder local” para a turma da pós em Comunicação Política da Seama. Formado em Direito e mestrando em Ciência Política, o político falou de democracia, pluralidade de fontes, problemas estruturais dos veículos de comunicação como a dependência financeira do poder público e a importância da comunicação como prestação de contas aos eleitores. O debate foi quente. O enfoque se deu sobre a sua atuação como político de oposição no Amapá. Várias perguntas surgiram, entre elas, os motivos do fechamento da Folha do Amapá, os modelos de democracia, o papel da oposição diante dos veículos de comunicação, os meios alternativos de divulgação como a internet e a valorização do assessor de imprensa. No final deixou uma mensagem aos jornalistas presentes: “A qualificação e a profissionalização do jornalista vai fazer com que os outros políticos também vejam a necessidade e a importância do assessor de comunicação”. Segundo Camilo, somente dois deputados possui informativo e a maioria utiliza do assessor geral da casa para divulgar suas ações. Quer dar a sua opinião sobre o papel do assessor? Deixe o seu comentário.

4 comentários:

Anônimo disse...

O Amapá ainda é uma democracia em construção. Por isso, acredito que há um gigantesco espaço comum para enfrentar alguns dos desafios do Jornalismo. O maior deles é o de oferecer ao público uma alternativa à mídia partidarizada, que distorce, deturpa e omite informações em defesa de seus próprios interesses políticos e econômicos. Era o (mau) exemplo da Folha do Amapá, que pertencia á família do deputado palestrante.

Anônimo disse...

Sobre esse assunto, estimado Júlio, o palestrante citou os tipos de pluralismo (democracia): o interno e o externo. O interno seria aquele feito dentro do próprio veículo de comunicação, ou seja, quando em uma matéria esteja os dois lados distintos de opiniões, o da situação e o da oposição. O externo seria aquele exercido por veículos diferentes. Por exemplo: a Folha era oposição enquanto os demais eram situação. A pergunta é: qual é o melhor para a democracia? ter fontes diversificadas num mesmo veículo ou ter posições únicas e diferentes em veículos diferentes? Um a favor e outro contrário? Eis a pergunta. E tratando da realidade local e atual, que posições eles defendem? Como fica o consumidor da notícia? Que alternativas deve buscar para saber de fato como ocorrem as informações? Opinem

Paulo Ronaldo Almeida disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dulcivânia Freitas disse...

O profissionalismo na comunicação, do ponto de visto técnico e ético, ainda está em construção no Amapá. Aí entra , também, o papel dos assessor, à medida em que ele for aprimorando os métodos de trabalho no relacionamento com seu assessorado e com os jornalistas da Redação, acaba contribuindo para o reconhecimento da importância e da respeitabilidade da assessoria. Com a relativa popularização da web e a tendência forte de mídias dirigidas (para públicos com perfil definido), a nomenclatura assessor de imprensa está perdendo sentido, para vigorar o assessor de comunicação, que é o profissional com habilidades mais amplas (não dominar apenas a fôrma do texto jornalístico). Um novo papel de assessor é possível ser desenvolvido nesse contexto, deixando bem pra trás (na poeira do tempo)a figura do bajulador, e abrindo caminho para o profissionalismo.