Um diário informal para os interessados em comunicação

terça-feira, 20 de maio de 2008

O drama de todo o jornalista

Por Luiz Gustavo Pacete de Lima*, estudante de jornalismo

O grande drama de todo jornalista, principalmente em início de carreira é ter seu texto reduzido a dois por cento do conteúdo original. Ou tê-lo totalmente alterado pelo editor. Na pior das hipóteses a produção vai direto para o lixo. Será que a aprovação de um texto está ligada somente à qualidade? Você se dedicou, acreditou ter produzido uma ótima matéria com excelentes citações, fontes, depoimentos relevantes e uma boa estrutura, mas este texto não sobreviveu ao crivo da edição. Talvez o seu lide não tenha sido bem formulado, ou tenha perdido o foco. São muitas as possibilidades, entretanto, não suficientes para a sobrevivência de seu texto.
Na maioria das vezes, ou quase sempre, os jornalistas produzirão conteúdo para uma mídia institucionalizada. Nem sempre ter um texto com qualidade representa que ele será publicado. Muitas vezes nos deparamos com linhas editoriais distintas, ou até o próprio estilo do editor. Talvez o foco ou a ênfase de sua matéria não esteja de acordo com o estilo do veículo. Por isso não se assuste ao ver a produção que tanto lhe custou sendo eliminada por alguns cliques. Refaça, releia, comece do zero, treine o lide e aproveite a oportunidade para melhorar a qualidade de seu texto e deixa-lo de acordo com a linha que lhe está sendo pedido.
E caso você queira ter a oportunidade de gerar seu próprio conteúdo sem interferências. Busque veículos alternativos, participativos e que lhe concedam um espaço independente do seu estilo ou tempo de profissão. A web 2.0 tem se mostrado um fenômeno e marca uma era em que a disponibilização de blogs, fotologs, sites de jornalismo colaborativos são muitas. Hoje gerar conteúdo tornou-se um dos grandes nichos do mundo virtual. Entretanto, você não deixa de estar sendo "fiscalizado" só que desta vez diretamente pela opinião pública.

Fonte: Portal Imprensa

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