Um diário informal para os interessados em comunicação

terça-feira, 17 de junho de 2008

Primeira entrevista

Amelline Borges

Estou apenas há duas semanas estagiando na Embrapa Amapá e logo de cara participei do evento da posse do chefe-geral do órgão, Silas Mochiutti. O evento aconteceu na Unifap, na quinta-feira, dia 12 de junho. Isso mesmo, no Dia dos Namorados. Muitas autoridades estiveram presentes, como o governador Waldez Góes, e também o presidente nacional da Embrapa, Sílvio Crestana.

Nessa oportunidade, foi bacana conhecer o chefe da Assessoria de Comunicação da Embrapa, localizada em Brasília, o jornalista Edilson Fragalle, 39. Conversei com Fragalle enquanto o presidente da Embrapa dava uma entrevista para uma TV. Ele disse que é formado pela PUC em Comunicação, com habilitação em Jornalismo e mestre em Comunicação Midiática. E olha que curiosidade: é concursado da Embrapa duas vezes. Com paciência e simpatia, Fragalle respondeu às minhas perguntas de estagiária curiosa:

Como é assessorar a Embrapa e quais suas responsabilidades?
Fragalle – A Assessoria de Comunicação Social (ACS) da Embrapa fica em Brasília, na sede da empresa. A missão é assessorar a presidência e a diretoria-executiva da empresa, só que acaba funcionando como uma referência para os cerca de 140 profissionais de comunicação no Brasil, entre jornalistas, relações públicas e publicitários. Todas as unidades da Embrapa no Brasil possuem profissionais de comunicação.

A Embrapa foi sua primeira escolha para assessoria?
Antes de me formar, trabalhei em impresso. Depois fui para televisão, comecei em radioescuta, fui pauteiro e chefe de redação. Saí para trabalhar na Embrapa, voltei para televisão e retornei à Embrapa. É a segunda vez que estou na Embrapa, passei duas vezes no concurso público da Empresa.

Como é feito o contato com os profissionais de comunicação dos centros de
pesquisas da Embrapa?
A gente não tem uma relação de subordinação hierárquica, os profissionais ficam vinculados às chefias de cada unidade da Embrapa. Mas a gente tem uma relação de orientação, a ACS coloca as diretrizes da comunicação da empresa e apóia as atividades dos profissionais das unidades. Nem sempre é possível fazer esse contato pessoalmente, em função do tamanho da empresa, a Embrapa está presente no país todo. Mas, na medida do possível a gente acaba conhecendo os colegas quando nos encontramos nas unidades. Promovemos a cada dois anos um encontro, em Brasília, para reunir os profissionais de comunicação e discutir nosso trabalho.

Como é o relacionamento com os jornalistas da imprensa?
Essa é uma das atividades da ACS, até pela minha formação de jornalista acabo conversando muito com colegas das redações. Muitos deles procuram diretamente o chefe da ACS, principalmente quando tem demandas para o presidente da Embrapa. E quando vamos às unidades, como exemplo nesta visita ao Amapá, conversamos com os colegas, temos um contato mais próximo.

A Embrapa está partindo para a internacionalização. Tem espaço para
profissionais de comunicação?
Essa é uma grande preocupação, o primeiro laboratório da Embrapa no exterior (Estados Unidos) está fazendo 10 anos e nunca tivemos uma ação forte de comunicação neste e nem nos demais laboratórios do exterior. E agora a empresa já tem outro modelo de atuação no exterior, que são os escritórios de negócios e transferências de tecnologias. A ACS apresentou um projeto para um edital da própria Embrapa, para desenvolver a comunicação no escritório da Embrapa África (Gana) e estamos discutindo qual vai ser a estratégia internacional de comunicação, porque essa demanda será cada vez maior encima da Embrapa. O Governo Federal está contratando uma agência de Relações Públicas para trabalhar a imagem do Brasil no exterior, será um trabalho forte também com a imprensa, tanto trazendo jornalistas para visitar o Brasil, por exemplo para conhecer a realidade da Amazônia in loco, como levando fontes para conhecer outros países e trabalhar um pouco a imagem da agricultura brasileira. Antes de contratar essa agência, já há sinais claros que vão precisar muito da Embrapa, para explicar o que é a pesquisa na agricultura brasileira, explicar o papel da tecnologia e como o Brasil conseguiu se tornar referência em agricultura tropical.

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